terça-feira, 25 de outubro de 2011

TRONCO DE SOLIDARIEDADE

Na época da construção do Templo, erguido por Salomão em Jerusalém, foi criada uma coluna em miniatura que girava por entre as bancadas, recebendo as contribuições, a mão era introduzida pelo alto capitel, que a ocultava, havendo uma fenda no cimo do fuste para a passagem da oferta, naquela época os arquitetos denominavam “Tronco”.
A função caritativa da Maçonaria se tornou tão destacada que a ordem passou a ser identificada como filantrópica, se ouvia falar que a imagem da Maçonaria era Fraternidade e Caridade. Assim, a antiga coleta, que se fazia entre os sacerdotes foi estendida aos associados, passando a ser destinado ás obras piedosas da corporação ou da Loja. Tronco é uma palavra que deriva do francês “tronc”. Em época mais remota o Papa Inocêncio III, criou o tronco dos pobres que era uma caixa que existia nas entradas das igrejas.
Era costume nas antigas “guildas” recolher contribuições dos que podiam ofertá-la, para socorrer os congregados, entre os quais se encontravam, todos os tipos de homens: senhores, trabalhadores e serviçais. A proteção se estendia às viúvas, órfãos, inválidos e servia até para defesa judicial dos membros. Essa tradição passou à Maçonaria.

O Simbolismo do Tronco
Toda arvore é sustentada pela robustez de seu tronco, em cujo interior sobe a seiva alimentadora. O tronco é mais forte a medida em que, pelo passar dos anos, são acrescidos os anéis ou camadas, isto faz com que seja aumentado seu diâmetro – seu volume.
A função do Tronco de Beneficência é crescer sempre que exista necessidade de atender aqueles Irmãos mais necessitados ou seus familiares. O Tronco somente se fortalece a medida em que aqueles que contribuem o fizerem com o intuito de ajudar.
Ele nunca e suspenso o que é suspenso é o giro para reiniciar nas próximas reuniões

Destino do Tronco
As administrações das Lojas devem ter em mente que o Tronco tem uma única finalidade, não fazendo parte do patrimônio da mesma, a tradição é de socorro e assistência a Irmãos necessitados suas viúvas e órfãos.Isto deve ser cumprido em primeiro lugar. Para isso o Irmão Hospitaleiro deve sempre reserva uma parcela do mesmo para eventualidades e urgências.
Propostas de Irmãos para que a Loja destine o Tronco a instituições profanas devem ser analisadas com muito critério é se for atendida não devemos nunca esquecer da reserva acima mencionada destinando-se para esse fim uma a menor parte do Tronco para as entidades assistenciais maçônicas e não maçônicas.
Tratando-se de uma coleta feita pelos Irmãos para um destino definido, deve-se evitar a divisão do mesmo, pois nenhum daqueles que receberem irão ficar satisfeitos.

Ritualismo do Tronco
As dádivas para o Tronco são sigilosas. Cada Ir:. contribui com o que pode e, se desprovido, não dará nada, mas como todos, deve introduzir a mão direita fechada no recipiente e retirá-la aberta, pois ninguém pode servir-se das importâncias depositadas, cujo total ou “medalha cunhada” é revelado e creditado a Hospitalaria. Um mau costume, felizmente abolido, foi o de apregoar dádivas de Lojas ou IIr:. ausentes. O giro de Tronco deve ser praticado em silêncio ou ao som de música suave, cujos temas sejam de amor e de amizade. (Os maçons Mozart e Franz Lizt compuseram peças com esses temas – do primeiro: “Das Lob der Freudschat” e “Die Maurerfreude”, do segundo: “Sonho de Amor”).

Filosofia do Tronco
Nos ritos maçônicos teístas, deístas e joanitas, a lição é do Evangelho. “Quando, pois, dás esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Em verdade, vos digo: já receberam sua recompensa. Quando deres esmola, que tua mão esquerda não saiba o que fez a direita; assim a tua esmola se fará em segredo, e teu Pai, que vê o escondido, recompensar-te-á.” (Mateus 6 – 2,4)
Pelo acima exposto fica claro que a maçonaria não é uma sociedade de beneficiencia, o que muitos profanos e aprendizes recém ingressos na Ordem trazem em seus pensamentos.
Não compete a Maçonaria dar o peixe, compete a Maçonaria ensinar a pescar em razão disso ela é uma escola de lideres e seus ensinamentos simbólicos e filosóficos nos levam a isto.
Outras entidades criadas para este fim o fazem com melhor aproveitamento do que nossa Ordem.
O principal é lembrar qual a finalidade do Tronco de Solidariedade, Beneficência, das Viúvas etc, chamem-no como quiser, ele se destina a ajudar os Irmãos necessitados e, por conseguinte seus familiares.
Como ultima afirmação. “O giro do Tronco de Beneficência, não é e nunca foi coleta de esmolas, lembre-se hoje um Irmão esta necessitado, nos não sabemos o amanhã”
TUDO O QUE SE TEM E NÃO DÁ, SE PERDE NO RENOVAR DA VIDA!


José Fernando dos Reis.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

SER MAÇOM - por Jorge Buarque Lyra

O verdadeiro Maçom é amigo dos pobres e desgraçados, dos que sofrem, dos que choram, dos que têm fome e sede de Justiça e propõe como única norma de conduta o bem de todos e o seu progresso e engrandecimento.

Ser Maçom é querer a harmonia das famílias, a concórdia dos povos e a paz do gênero humano.

Ser Maçom é derramar por todas as partes os esplendores divinos da instrução, educar a inteligência para o bem, conceber os mais belos ideais do Direito, da moralidade e do amor e praticá-los.

Ser Maçom é levar à prática aquele formosíssimo preceito de todos os lugares e de todos os séculos, que diz, com infinita ternura aos seres humanos, indistintamente, do alto de uma Cruz e com os braços abertos ao mundo: "Amai-vos uns aos outros, formai uma única família, sede todos irmãos"!

Ser Maçom é olvidar ofensas que se nos fazem; ser bom, até mesmo para com nossos adversários e inimigos; não odiar a ninguém; praticar a Virtude constantemente; pagar o mal com o bem. Isto é ser Maçom.

Ser Maçom é Amar a luz e aborrecer as trevas; ser amigo da Ciência e combater a ignorância, render culto à Razão e à Sabedoria. Isto é ser Maçom.

Ser Maçom é praticar a Tolerância, exercer a Caridade, sem distinção de raças, crenças ou opiniões, lutar contra a hipocrisia e o fanatismo. Isto é ser Maçom.

Ser Maçom é realizar, enfim, o sonho áureo da Fraternidade universal entre todos os homens. Isto é ser Maçom.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A VELHA SÁBIA.



A VELHA SÁBIA






Uma mulher velha e sábia que fazia uma viagem através das montanhas quando, no leito de um rio, encontrou uma pedra preciosíssima.


No dia seguinte, continuando o seu caminho, deparou-se com um viajante que tinha fome. Para atender ao seu pedido de ajuda, a mulher abriu a bolsa para dividir com ele a comida.


O homem deslumbrou-se com a visão da pedra e pediu à mulher que lha desse de presente, o que ela fez sem hesitar.


O viajante se foi, rejubilando-se por sua sorte... Aquela pedra poderia garantir-lhe segurança e bem-estar por toda a sua vida.


Mas, alguns dias depois, ele voltou à procura da mulher... Ao encontrá-la entregou-lhe a pedra dizendo: "Pensei muito e sei bem o valor dessa pedra, mas venho devolvê-la. O que eu quero é algo muito mais precioso... Se for possível, me dê o que está dentro da senhora e que a fez capaz de entregar-me sem hesitação um tesouro como esse."


E a velha disse:


Aprendi a amar... Aprendi a desapegar-me ... Aprendi a ser inteira, ser livre. Mas são aprendizados muito difíceis, que requerem fé em Deus, fé na vida, confiança nas pessoas e no futuro.


E o homem perguntou:



Como consigo ser assim igual a senhora?


E ela respondeu: Somente duas coisas podem nos ajudar nessa tarefa: Primeiro, o tempo, que nos amadurece, nos faz mais humildes e devemos continuar sempre aprendendo; e em segundo a espiritualidade, que nos dá o conhecimento interior e, com ele, a certeza de não nos perdermos no caminho.


A história é de autor desconhecido