terça-feira, 15 de novembro de 2011

Poesias Sinceras do nosso IR.: Diógenes Jacó de Souza.


ÁGAPE
Definitivamente, estou no lugar errado.
Consumido pelos conflitos, as dúvidas, o caminho.
A jornada tornou-se longa em excesso.
Sinto-me extenuado, na iminência do colapso último.

Quero amigos que possam caminhar comigo,
Mirar as paisagens ao longo do caminho,
Somar forças , aliviar os fardos, cantar hinos.
Compartilhar as sombras à beira do caminho.

Comer e beber no final do dia, ao crepúsculo;
Pois esse é o fruto de nosso trabalho, o galardão;
Desfazer-se em risos leves, despreocupados.

Erguer-se com a natureza no alvor da manhã.
Correr, lentamente, rumo ao leste na caminhada.
Sentir gratidão pelas conquistas passadas.

Por Diógenes Jacó de Souza, Serra da Torre, 30/10/2011, 12:35h

A PEDRA, O MAÇO E O CINZEL

A maçonaria ministra a sua filosofia por meio de símbolos e alegorias, para desta forma manter seus mistérios em segredo para os prof.·., desvendando-os somente para os que ingressam na Arte Real. A maçonaria não é uma camisa de força, mas uma organização “familiar”, ou seja, onde a franqueza, a sinceridade e a confiança, são apanágios de valor.


Partindo-se dessa premissa podemos concluir que os simbolismos apresentam diferentes significados não só em relação ao cargo que o Ir.·. ocupa mas também de acordo com a fase da vida em que se encontra.


A pedra bruta, tosca, plena de arestas é ornamentação obrigatória em toda loja maçônica, ao pé do Trono do Pr.·. Vig.·. a representar o neófito, que nos primeiros três golpes de Maço começa a desbastar e esquadrejá-la para dela criar uma peça indispensável á construção, o alicerce. Com seu aspecto rústico, rígido e estático pode passar desapercebida, mesmo em grandes blocos, mas é fundamental para a estabilidade e durabilidade de qualquer construção.


Para tal fim é necessário o maço, cinzel e evidentemente uma régua para marcar os locais a esquadrejar. A pedra de ornamentação deve ser, preferencialmente de granito, por ser dura, pesada e própria para a construção. A pedra figurativa deve ser um homem livre e de bons costumes para não estar, mas ser um maçom.


A pedra também representa o interior da terra, as pedras brutas dos Templos Maçônicos, provém, simbolicamente do interior da caverna, ou seja, da câmara das reflexões, essas pedras saem na forma de seres humanos, para num processo filosófico e especulativo, atingirem a forma cúbica e polida para a edificação do Templo.


Vemos nessa figura o trabalho final do Comp.·. Esquadrejada e burilada ela também pode servir de adorno, diz a história que Michelangelo, planejava esculpir a grande estátua de Davi. Escolheu uma pedra grande, ideal para sua escultura. Transportada a pedra para seu atelier, após o desenho preliminar da escultura, nas primeiras marteladas o mármore, sem forma, começa a ceder ao trabalho do artista, subitamente a pedra lasca onde não deveria.Michelangelo redesenha a estátua para poder aproveitar a mesma pedra. Reinicia o trabalho.


Outras marteladas e a pedra vai tomando forma. Após alguns meses de trabalho,outra lasca em lugar indesejável.


Nova mudança no projeto original e novo começo do trabalho.


Outra lascada. Sem condições de corrigir sua obra, Michelangelo abandona, frustrado, aquela pedra. Diversas experiências se sucedem e fracassam como a primeira. Mas, o artista não desanima. Por fim, encontra uma pedra que parece não possuir as qualidades necessárias para aquela obra.


O trabalho vai avançando, sem sustos, de acordo com o primeiro desenho. Da pedra bruta vão surgindo as formas de Davi. Os veios da pedra colaboram com o artista.
Daquela pedra bruta surge uma das obras de arte mais belas da humanidade.
Partindo da premissa que ferramentas são os métodos, P.·.B.·. os Ap.·. , artista os MM.·., atelier o ambiente, e desenho a utopia, podemos dizer que o Cinz.·., de corpo longo o suficiente para que o Obr.·. o segure com firmeza, tendo a certeza de que o mesmo, com seu gume inflexível, toca apenas o ponto que se deseja de fato arrebentar,e em ângulo tal que contenha em sua linha central toda a violência do impacto do maço, sob pena de que se perca a P.·., inutilizando o trabalho anterior, ou se quebre a mão, inutilizando a chance laboriosa do resto da vida.


Simbolicamente, o maço representa a força de nossos espíritos, disposta de tal forma que possa ser utilizada para algum objetivo útil, percutida em uma ação decidida, como manifestação da vontade.


Já a P.·..B.·., em sua inutilidade para os fins de construção, representa os nossos caracteres de pprof.·., ao ingressarmos ao serviço, ainda cheios de arestas. Do paralelo, torna-se bastante óbvio que o esquadrejamento da P.·.B.·. não resultará milagres.


De tal fato, ainda que por uma imperfeição do processo (humano) de admissão, em se tendo admitido aos AAug.·.MMist.·. um indivíduo com alguma deformação profunda de caráter, o processo de desbaste será longo, difícil e trabalhoso, e resultará em uma P.·.C.·. pequena, tão pequena quanto tenham sido profundas as imperfeições retiradas. Isso no caso de a P.·.B.·., ao ser analisada com vagar, não tenha causado a repulsa dos OObr.·.e sido jogada de volta à vida inútil. (Não se julgue aqui o erro, pois só quem pode fazê-lo a contento é o G.·.A.·.D.·.U..·.)


Sendo o Espírito o autor, e o Caráter o resultado, é o Cinz.·. a representação do trabalho de reconhecimento das imperfeições, o símbolo do pensamento lúcido, educado no L.·.L.·. e nos sábios conselhos dos IIr.·. ação da energia, e de destruição, ser usado com extremo critério, quanto mais se aproxime o Obr.·. da Arte Real de sua meta, que é a P.·.C.·., ou caráter puro e elevado, retirado das sendas pprof.·. e conduzido à glória do G.·.A.·.D.·.U.·..


Não deve o mesmo ser usada para fazer de nosso caráter arma afiada ou contundente (e tem o poder para fazê-lo), sob pena de ter de prestar contas ao Arq.·.ou ao Dono da Obr.·., e, sob a vergonha do mais vil perjúrio, ter seus restos hediondos lançados onde as ondas o conduzirão do sacrilégio onde se encontra às profundezas do esquecimento.
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Termino este trabalho com conselhos contidos em uma mensagem anônima encontrada na igreja de Saint Paul em 1692: Vá plácido entre o barulho e a pressa e lembre-se da paz que pode haver no silêncio. Tanto quanto possível, esteja de bem com todas as pessoas.


Fale a verdade calma e claramente, e escute os outros, mesmo os estúpidos e ignorantes, eles também tem sua história.


Evite pessoas barulhentas e agressivas, elas são o tormento para o espírito.


Evite se comparar aos outros, pode se tornar vaidoso e amargo, porque sempre haverá pessoas superiores e inferiores á você. Desfrute suas conquistas assim como seus planos.


Mantenha-se interessado em sua própria carreira, ainda que humilde, é o que realmente se possui na hora incerta dos tempos. Exercite a cautela nos negócios, pois o mundo é cheio de artifícios, mas não deixe que isso o torne cego ás virtudes que existem. Seja você mesmo, principalmente não finja afeição, nem seja cínico sobre o amor porque em face de toda aridez e desencanto, ele é perene como a grama.


Cultive a força do espírito para proteger- se num infortúnio inesperado. Mas não se desgaste com temores imaginários, muitos medos nascem da fadiga e da solidão. Acima de uma benéfica disciplina seja bondoso consigo mesmo..


Você é filho do universo, não menos que as arvores e as estrelas, você tem o direito de estar aqui. E quer seja claro ou não para você, sem dúvida o universo se desenrola como deveria, portanto esteja em paz com Deus, qualquer que seja sua forma de conhecê-lo, e sejam quais forem as sua lida e aspirações, na barulhenta confusão da vida, mantenham-se em paz com sua alma.


Com todos os enganos, penas e sonhos desfeitos, este ainda é um mundo maravilhoso.. Esteja atento.

Iraponan Chaves de Arruda

Caríssimos irmãos da Grande Loja Maçônica de Pernambuco e demais,



Hoje comemoramos o dia da Proclamação da República do Brasil. Embora proclamada por um grupo de militares, tal proclamação não se efetivou pelo poder das armas, pelo fio da espada, ou por canhões..., mas por um grupo de verdadeiros nacionalistas, com ideais forjados no fogo aceso de nosso Templo.



Nosso primeiro governante provisório, antes de chegar ao poder, empunhou, durante dois anos, o malhete supremo de nossa instituição. Deodoro da Fonseca foi mestre maçom grau 33, e Soberano Grão Mestre do Grande Oriente do Brasil no período de 1890 a 1891. Seus ideais despontaram mais nos Templos maçônicos que nos quartéis..., despontaram no calor das idéias e na chama acessa de nossa fraternidade.



Com a vontade firme e o poder de argumentação, nossos irmãos maçons regulares: Deodoro da Fonseca, Floriano Peixoto, Benjamin Constant, Botelho de Magalhães, Quintino Bocaiuva, Rui Barbosa, Campos Sales, Aristides Lobo, Demétrio Ribeiro e Eduardo Wandenkolk, sob a égide da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, mais uma vez, guiados pela Maçonaria, deram ao povo brasileiro o primeiro passo para a conquista do direito de escolher seus caminhos e seus representantes através do voto direto, única arma eficaz no combate à tirania.



Viva a República!

Viva a Maçonaria Brasileira!



E viva a Jesus!

(único amigo que não abandona um amigo no meio do caminho)







Iraponan Chaves de Arruda

M.: I.:

Grande Loja Maçônica de Pernambuco

Contato: 8878-8706



"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim." (Chico Xavier)